sábado, 16 de junho de 2007

Milagre


Fechava-se dentro de si e ia onde seu mistério lhe dizia. Ah! Era o milagre!
Sentia tudo o que sabia e não tinha como dizer. E brincava de não indagar o mistério, para não se trair e para não trair seu milagre.
Não tinha explicação que pudesse dar. Era óbvio e mudo, evidente e indizível. Impublicável. Só podia ser verdade.

3 comentários:

Edna Federico disse...

Tem coisas que leio que me fazem ficar pensando...esse texto foi um deles, sorriso.
Linda foto, lembrei do meu filho.

Anônimo disse...

Verdade, indissolúvel e mesmo que realmente fechada e oculta, se fazia acontecer;
O sentir às vezes é muito difícil de se dizer, e as vezes é mais fácil deixar acontecer;
As brumas de mistério povoam o ar, enevoando os pensamentos e confundindo o viver;
Os milagres são assim sempre impossíveis de se prever;
Nada que se pudesse realmente explicar nem se perder;
indivisível chave que abre as portas desse novo ver;
Impublicável és e a verdade não dá para dizer.

Iaiá disse...

foi bom te ler. E agora, anônimo, quem é você? rss! Bjs