segunda-feira, 25 de junho de 2007

Marionete

Porque não queria o amargo da vida dela, fez de seu discurso o brinquedo do qual não se cansaria nunca. Podia prevê-la, e sentia-se seduzido por si mesmo a fazê-la mudar seus próprios movimentos. E ela achava interessante ser sua marionete sem cordas pois era regendo sua dança que podia sentir o calor que tinha o sorriso daqueles olhos dele. Mas não se podia negar que havia afeto. Embora ele soubesse intimamente que não suportaria o dia em que ela dançasse sozinha. Embora ela soubesse intimamente que seu sorriso não duraria para sempre. Mas nunca diriam isso um ao outro.

3 comentários:

Edna Federico disse...

É...acontece mesmo isso, alguém sendo marionete de outra pessoa.
Mesmo com afeto, com sorrisos, é algo que não dura, pois não tem verdade.

Anônimo disse...

Porque queria o belo de sua vida, fez o discurso, para que se sentisse viva;
Não queira que fosse um brinquedo, nem que ela se aprisionasse em uma jaula vazia;
Sentia-se seu íntimo e gostava de tê-la ao seu lado, prevê-la;
Ela sempre alegre, se descobriu mais alegre e inteira;
Em um despertar dos sentidos se deixava levar;
Seu sorriso e sua felicidade eram que o levaram a discursar;
Sempre que seus sorrisos vinham flutuando pelo ar;
Sua felicidade se compartilhava quando nos olhos dele chegava;
O afeto era indiscutível e estava na cara, ele nunca negara;
Não desapareceria nem que fizessem plásticas;
Mais os dois preferiam manter toda aquela mágica.

Mirella Adriano disse...

só pra deixar um =*