sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Poder

Não podia mensurar o poder que tinha nas mãos, mas conscientizara-se da sua existência sólida e permanente. Embora não soubesse ao certo o que fazer com ele, e talvez nem o quisesse tanto, mesmo se cercada daquelas incertezas de outrora que tanto lhe pertubaram a mente nos minutos que antecederam seu sono. Mas após suas doses diárias de conhecimento e suas horas de devaneios, aprendera a ter a idéia clara da sua unicidade quando afastava-se de si mesma para amenizar suas peculiaridades. Enxergava-se peça, parte, espécie. Não havia mais o mundo para si, acabara por se misturar toda a ele, entre seus iguais dos quais poderia sentir qualquer movimento. Podia dançar com eles. Eis seu poder inerente.

Um comentário:

Mirella Adriano disse...

Iaiá,

tava olhando teu perfil. e aí fiquei pensando que se tu me morder vou passar a te chamar de Áiai. :}

beijo, prima!